Baixar ou comprar? Até quando esse dilema?
A história começou com um post que fiz na comunidade do meu extinto programa de rádio, o Zensor:
"O DVD do Neon Judgement ao vivo no Machina Festival de 2005, já está disponível. Veja o hotsite com três músicas em streaming - http://www.fiberrecords.com.br/neonjudgement/ Compre direto em www.fibershop.com.br"
Sim, estava divulgando o lançamento do DVD. Apesar de saber que o mercado anda retraído, acho que projetos bacanas merecem um tratamento diferenciado. Coexistência de mídias.
"Valeu. comprando para prestigiar novas excursões de outras bandas.. baixar é bom mas se formos pensar somente em ganhar terminaremos aonde???
Prestigiemos quem de direito merece.
Pablo"
Caramba, até esperava que outras pessoas pensassem assim, mas não que pudesse vir acompanhado de uma declaração espontânea. Isso me fez ficar animado novamente. Afinal, por aqui a gratuidade ficou tão escancarada que muitos não perceberam que é um tiro no pé.
"Valeu, Pablo. Se houvesse um balanço bacana entre comprar e baixar, os mercados não estariam tão ruins. Não dá pra ser hipócrita e não baixar nada gratuitamente também, porque a oferta hoje em dia supera a demanda em milhões de vezes, mas projetos independentes e diferenciados só permanecerão vivos se tiver algum retorno financeiro, no mínimo para cobrir as despesas."
Agora é esperar que o pessoal que gosta e incentiva manifestações independentes tenha a mesma reação. Afinal, é um círculo que precisa permanecer vivo. Hoje ainda compramos um produto físico. Não sei se daqui uma ou dois anos ainda faremos isso mas, com certeza, quem mexe com música alternativa, como eu faço, encontrará outra formas de continuar a espalhar o evangelho pelo séquito.