Wednesday, October 24, 2007

And Justice For All...



Demorei pra assimilar o Justice. Já venho acompanhando o trabalho do rapaz há um bom tempo, mas pra mim era tudo muito ligado ao universo break/street dos anos 80. Já tinha visto muita gente fazer a tal "releitura" e nem prestei muita atenção.

Comprei o álbum. Deixei mofando um tempo até o hype dar uma baixada. Foi a melhor coisa que fiz, já que pude ouvir o álbum sem tanta influência externa (como se hoje em dia fosse possível).

Em "Cross", o álbum, dá pra notar que o som é moderno sem interpretações distorcidas para o adjetivo. As referências são tantas que dizer que pegou só carona no anos 80 é bobagem. Já deixei essa impressão que tinha. Tem fragmentos de Daft Punk e filmes trash italianos. Por falar em Itália, tem Italo Disco, bem kitsch. Aliás, tudo é bem kitsch. Modern kitschy.

Minha intenção não é fazer uma crítica do álbum, faixa a faixa, mas dizer que às vezes não vale acreditar no lema "don't believe the hype". O hype aqui tem fundamento.

Tuesday, October 23, 2007

Quando inviabilizar se tornar a palavra de ordem

Já fiz um post sobre o ECAD e como tenho respeito pelo órgão, mas fico totalmente sem entender quais as regras que ele utiliza para recolher os direitos autorais. Enfim, a novela continua.

Agora o assunto é rádio on-line e podcasting. Será que um site de fã, que divulga um gênero ou um artista, que não recebe um tostão pelo árduo trabalho ainda tem que pagar pra executar músicas de terceiros? Não estou falando de download, hein? Streaming! Não se leva nada pra casa, exceto o som.

A controvérsia está lançada. Se esse site tem propaganda de afiliação a algum serviço comercial como Submarino, Americanas, daquele que raramente alguém clica e recebe-se uma merreca, quando recebe, tem que pagar direitos autorais que podem chegar a R$ 500 por música!

Mantenho um site há 10 anos, o FiberOnline, o qual hospeda produções independentes de artistas. Somos apenas uma ferramenta on-line, ou seja, os artistas são os responsáveis por colocar suas músicas no site. Se não querem mais, apagam. Tudo bem claro.

Temos um serviço para ajudar a promover os produtores, a Rádio Fiber, aí o ECAD entende que devemos pagar. Mas, pagar pra quem? Para os produtores que disponibilizaram suas músicas gratuitamente, atestando por e-mail que podemos usar as músicas na rádio? Aí que mora a questão: O ECAD exige uma declaração por escrito, com firma reconhecida pelo autor para dispensar o pagamento.

Não estou falando de vínculo com gravadora, apenas de produtores que lutam por um espaço na selva virtual!

Depois reclamam que o mercado de música anda ruim por aqui... Também, né!