Thursday, October 11, 2007

Enfim, o DVD




Conheço a entidade The Neon Judgement há mais ou menos duas décadas. Não sei ao certo como descobri o trabalho da dupla, mas creio que foi em algum programa de rádio dos anos 80, com os do Kid Vinil, acho. Ou pode ser que foi em alguma loja de discos que freqüentava religiosamente. Enfim, lembro que "TV Treated" foi um marco pra mim. Aquele synth gélido anunciando um ritmo mecânico e econômico e de repente uma guitarra. Synthpop com guitarras, mas era mais pesado. Ainda não chamavam de EBM, aquele termo que surgiu com o Front 242 mas que depois batizou toda uma safra de bandas.

Toquei pela primeira vez na pista do Madame Satã, depois de "A Forest" do The Cure e antes de "The Choke" do Skinny Puppy. Lembro que a reação foi maravilhosa. Naquela época, o povo não gostava de ser chamado de "dark" mas era essa turma de preto e olhos pintados que dançava no porão. Não havia separação entre industrial, gótico, synthpop, indie rock, pop perfeito, etc. Tudo era devorado sem os atuais gêneros e segmentações.

Continuei a curtir a banda e comecei a colecionar seus discos. Descobri que tinha material antes dessa música e que a banda estava na ativa preparando um novo álbum. Além de DJ, eu muambava LPs e 12", viajando para a Europa como caxeiro viajante. Numa dessas viagens, fiz contato com uma gravadora e distribuidora belga, a PIAS, que depois descobri que era uma alusão à "Casablanca" (Play It Again, Sam). Além de um catálogo poderoso, a gravadora tinha acabado de assinar contrato com uma banda chamada Neon Judgement! Haja coincidência...

Os anos passam, os anos voam. 2005. Depois de um bom tempo longe da produção de música alternativa, resolvi começar um trabalho focado na valorização dos bons sons. Nasceram o box do Harry e a Fiber Records. Para lançar o selo e comemorar o primeiro lançamento, resolvi organizar um festival que uni-se várias gerações da música eletrônica, com discotecagem e shows. Surgiu o Machina Festival. Queria uma banda internacional que representasse essa ponte entre o "antigo" e o "novo", que nunca tivesse se apresentado no Brasil, com uma sonoridade original e que estivesse ainda na ativa.

Eu tinha recebido uma mensagem via Fiberonline que informava o lançamento de um projeto solo de um dos integrantes do Neon Judgement, Dirk da Davo, que recebeu o nome de Neon Electronics, pois enfatiza o lado mais eletrônico da banda. No Neon Judgement, enquanto Dirk comandava a parte eletrônica, TB Frank era a porção rock. Tinha achado a banda! Dirk apostava numa sonoridade nova se cercando de gente como The Hacker, Vitalic e Terence Fixxmer e o legado do Neon Judgement era inegável! A banda tinha muitos hits por aqui como a já citada "TV Treated", além de "The Fashion Party", "Chinese Black" e "Factory Walk".

Convite feito e aceito. A banda fez um show memorável e tudo foi registrado. Gastei os tubos pra ter o primeiro momento de uma das minhas bandas favoritas em DVD. Gastei tanto que o projeto de lançamento teve que ser adiado. Precisei de grana pra editar e remasterizar o som, fora isso tinha torrado um bom dinheiro no projeto do box do Harry e ainda não tinha obtido retorno. Não é nada fácil manter um hobby caro, mas vício é vício.

No segundo semestre de 2006 comecei os trabalhos. Inicialmente era pra ser um registro geral do Machina Festival, mas nem tudo pode ser aproveitado. O som não ficou legal em algumas capturas e em outras o vídeo deixou a desejar, mas o show do Neon estava perfeito. Mesmo assim, o som realmente precisava ser remasterizado. Master enviada pra Bélgica, mais alguns meses e passei pra edição das imagens. Foram feitas pelo menos cinco versões diferentes.

2007. Finalmente o DVD chega às lojas. E também no E-mule. Não tentei barrar a troca desenfreada pois ainda acredito que existem pessoas que pararão pra ler esse texto, entenderão que manter um trabalho como esse não é nada fácil e para aprová-lo basta fazer a roda girar. Pode parecer mercantilista demais, mas sem a venda, não existe investimentos futuros.

O Machina Festival II está aí e um novo capítulo começa a ser escrito. Desta vez com o Cassandra Complex. vamos ver para onde essa história vai.

Quer saber mais e comprar o DVD do Neon Judgement? Veja o hotsite.

Tuesday, October 09, 2007



Informações sobre o Machina Festival II


Enquanto a comunicação final não fica pronta posto aqui todas as informações sobre a segunda edição do festival Machina Festival, que dessa vez traz um line up todo voltado para as ramificações da música industrial.


Machina Festival II traz o show da banda européia Cassandra Complex pela primeira vez ao Brasil

São Paulo
30 de novembro de 2007
Blue Space

Depois do sucesso alcançado em sua primeira edição, que em 2005 levou para o palco principal da lendária Broadway a dupla belga The Neon Judgement e a cultuada banda santista de rock eletrônico Harry, o Machina Festival está de volta e traz um line up dedicado à música industrial e suas vertentes, como electronic body music, power noise e industrial techno, entre outras.

O Machina Festival II acontecerá no dia 30 de novembro na casa noturna Blue Space, em São Paulo, e traz pela primeira vez ao Brasil o show da banda inglesa Cassandra Complex, uma das mais influentes do cenário eletrônico alternativo mundial desde o início dos anos 80.

Distribuida em duas pistas distintas, a programação especial reúne shows e live PAs, discotecagens especiais e projeção de vídeos raros que mostram a evolução da música industrial nas últimas três décadas, destacando as bandas e projetos referenciais da música industrial do Brasil. Entre eles estão o pioneiro Simbolo, precursor da electronic body music no Brasil, Bad Cock vs Aire´n´Terre, que marca o encontro dos projetos eletrônicos de HansenHarryEBM (vocalista e líder do Harry) e do artista multimídia e produtor musical Wandeclayt (Aire´n´Terre) e o Skulk: [Partition Root], uma das grandes promessas brasileiras do rock industrial, entre outras atrações.


Line up do Machina Festival II

Pista 1 – Shows com discotecagens intercaladas

Gengivas Negras
Machine Revenge vs Vector Commander
Dead Jump
Simbolo
Cassandra Complex
Bad Cock vs Aire´n´Terre
Mobius Project
Skulk: Partirion Root
Homicide Division

DJs – Eneas Neto, Tonyy e Peque

Pista 2 – Somente DJs

Nilsão (Ressurection)
Ivan (Soulshadow)
Marcio Vaez (Substance)
Rodrigo Cyber (Resistance Bear/Ressurection)
Ed Hunter – (Noise Democracy – RJ)
Sintetik (Cybernetic Faces/Danse Macabre Records)
Luizinho EBM
Pherro(69 Fetish for Fun, Electro Fetish Party)
Rogério (Projeto Hysteria)
Wagnão (ex-Zoster)


Cassandra Complex
Formado em 1980 na Inglaterra, o Cassandra Complex tem como figura central o visionário cantor e produtor Rodney Orpheus, autor de hits como “(In Search of) Penny Century” e “One Millionth Happy Customer”, faixas que fizeram parte essencial da história da música eletrônica alternativa dos anos 80, com raízes na música industrial e na electronic body music. Há mais de duas décadas o Cassandra Complex tem sido uma importante referência no cenário electro-gótico-industrial, o que levou a banda a ter algumas de suas faixas remixadas por artistas como Front 242, Borghesia e Apotygma Berzerk.
http://cassandracomplex.co.uk/
http://www.myspace.com/cx2k


Simbolo
Aqui no Brasil, a música eletrônica brasileira tem na figura dos músicos e produtores Martin Neto e Joel Jr. uma de suas expressões mais radicais. Na segunda metade dos anos 80, a produção do Simbolo foi marcada pela união do peso das batidas influenciadas pela música industrial com as experiências com vocoders, sequencers e samplers, registradas nos álbuns Le Sacre du Printemps (1992), In the Danger Zone (1995) e Music From the Masses (1996), todos lançados pela Cri du Chat, o primeiro selo independente dedicado exclusivamente à música eletrônica no Brasil.
www.myspace.com/osimbolo
www.fiberonline.com.br/MARTIN



Bad Cock vs Aire’n’Terre
Este live marca o encontro de HansenHarryEBM (vocalista e líder do Harry) e do produtor musical e artista multimídia Wandeclayt (Aire’n’Terre). Formatado especialmente para o Machina Festival, o Bad Cock vs Aire’n’Terre apresentará intervenções sonoras em que um artista interage na produção do outro, num mix de referências e afinidades musicais eletrônicas que vão do technopop às manifestações mais dançantes da música industrial.
www.fiberonline.com.br/hansenharryebm


Skulk: [Partition Root]
Com um elogiado álbum de estréia lançado de maneira independente no ano passado, o Skulk já se firmou como uma das novas promessas do rock industrial do Brasil. Entre faixas de “Plugged” e algumas inéditas, o trio mostra ao vivo algumas de suas “subversões” enfurecidas para clássicos como “Burning Inside” (Ministry) e “She Bop” (Cindy Lauper).
www.fiberonline.com.br/skulk


Deadjump
Deadjump é um dos artistas da geração electro/industrial surgida no Brasil no meio da década de 90. No ano passado lançou “Immortal”, seu quarto álbum, que rendeu ótimas resenhas e comentários em sites e revistas especializadas em música eletrônica alternativa de diversos países como Polônia, Bélgica, México, Alemanha e República Tcheca. Fãs de bandas como Skinny Puppy, Leaether Strip, Hocico, Wumpscut, X Marks The Pedwalk, Suicide Commando são alguns dos admiradores dos “Deadjump sounds”.
www.fiberonline.com.br/deadjump

Mobius Project
Um dos principais expoentes do synth e do future pop nacional, a banda liderada pelo DJ e produtor carioca Guga foi um dos destaques do Electro Fetish Party, realizado em SP no mês de junho, e fez uma abertura memorável para a dupla italiana Syrian. Ao vivo, o Mobius apresentará suas composições próprias como “Hell” e “Ghost in the Shell”, além de algumas versões para antigos e novos clássicos da música alternativa.
www.fiberonline.com.br/mobius_project

Gengivas Negras
Formado por Carlos Morevi e Theo, dos projetos Fetalcohol e Mechanotremata, respectivamente, o Gengivas Negras completa este 10 anos de experiências sonoras com base na música concreta e industrial. Juntos, reprocessam sons com o uso de pedais de distorção, softwares e samplers, além de utilizarem baterias eletrônicas, geradores de ruído e outras fontes de barulho para formar um espectro particular no universo da sonoridade industrial e da espontaneidade da música noise.
www.fiberonline.com.br/gengivasnegras

Homicide Division
Com um álbum lançado nos Estados Unidos e Europa, a dupla Alexandre Lira (Reality) e Paulo Lanfranchi (Security Device) utiliza plataformas digitais para criar verdadeiros petardos electroindustriais que abordam de maneira pungente temas como guerra, violência, ameaças químicas e drogas. Ao vivo, a identidade visual da banda remete remete ao para-militarismo com seus equipamentos de combate, máscaras de gás, óculos de proteção e uniformes camuflados.
www.fiberonline.com.br/homicide


Machine Revenge vs Vector Commander
Em formato inédito para o festival, o DJ e produtor Alex Strunz apresentará no mesmo live PA seus dois projetos eletrônicos. Com o Vector Commander, Alex explora os recursos de seu hardware para produzir um techno de bases pesadas com timbres metálicos. Já em seu novo projeto, o Machine Revenge, ele propõe uma fusão bombástica entre vertentes da música industrial - como a electronic body music, o noise e o crossover - que ao vivo torna-se ainda mais energético com os vocais processados do MC de EBM Erick Thurm.
www.fiberonline.com.br/machinerevenge
www.fiberonline.com.br/vectorcommander


Sobre o Machina Festival

Em novembro de 2005 foi realizada a primeira edição do Machina Festival, na casa noturna Broadway, em São Paulo. O evento, que atraiu aproximadamente 1300 pessoas entre fãs da música eletrônica alternativa do passado e do presente, fez uma ponte entre várias épocas deste gênero musical e conectou estilos como o rock eletrônico, o industrial, o techno e o electro, com um line up encabeçado por duas lendárias bandas: o Harry, que foi um dos destaques do festival Ampli Vol.2 – realizado no Sesc Pompéia em junho de 2006 – e o duo belga The Neon Judgement, pela primeira vez no Brasil.

Além destas duas atrações referenciais no processo de evolução da música alternativa, no Brasil e no mundo, o Machina Festival levou ao palco os novos talentos da música eletrônica brasileira. Por lá passaram as bandas Montage e Voz del Fuego, do Ceará e Rio de Janeiro, respectivamente, a dupla Human Machine, formada por Martin Neto (Símbolo) e pelo internacionalmente premiado VJ e produtor musical Spetto, o projeto Oil Filter (um dos precursores do techno no Brasil) e o quarteto paulistano de electrorock Kronk, além de discotecagem de DJs que contribuiram ativamente no crescimento do cenário eletrônico do país como Eneas Neto (Zensor, Cri du Chat, FiberOnline), José Roberto Mahr (Programa Novas Tendências) e Renato Lopes (Smartbiz, Nation, Madame Satã), entre outros.

Sobre o FiberOnline

O portal Fiberonline acaba de completar dez anos de atividades dedicadas à expansão e desenvolvimento da música eletrônica no Brasil. Idealizado pelo jornalista multimídia Enéas Neto, o FiberOnline hospeda e destaca a produção nacional em seus diversos estilos e oferece ampla cobertura da cena eletrônica com notícias, artigos e entrevistas com artistas nacionais e internacionais, além de milhares de faixas para download gratuito. www.fiberonline.com.br .

Eneas, entre outros empreendimentos, foi o responsável pelo selo independente Cri du Chat Disques, apresentador do programa Zensor, pioneiro em música eletrônica, criado em 1994 na rádio paulista 97 FM, e está à frente do portal de música eletrônica FiberOnline e da produtora multimídia Fiber Interactive.

Sobre a Fiber Records

A Fiber Records prioriza trabalhos nunca antes lançados em CD. Ainda que não seja um selo de música eletrônica exclusivamente, está voltada para projetos diferenciados, que resgatam artistas fundamentais para a cena eletrônica atual.

Sua estréia foi em novembro de 2005 com o lançamento de “Taxidermy – Boxing Harry”, que resgatou de forma primorosa o legado deixado pela lendária banda santista de rock eletrônico Harry. Trata-se de autêntica edição de colecionador, contendo num box especial, pela primeira vez, três CDs que cobrem toda a discografia da banda. Os álbuns “Fairy Tales” e “Vessels’ Town”, além do primeiro e raro EP “Caos”, ganharam remasterização digital e edição com as capas originais.

Recentemente, a Fiber Records lançou O DVD “The Neon Judgement – Live at Machina Festival”, um registro digital do antológico show que a cultuada banda belga fez no palco da Broadway, em novembro de 2005, no evento que comemorou os primeiros oito anos de atividade do portal de música eletrônica FiberOnline.

Sobre a Blue Space

Localizada na Barra Funda, próxima ao Metrô Marechal Deodoro, a casa noturna Blue Space tem capacidade para abrigar 1500 pessoas e comporta duas pistas (sendo a principal com um amplo palco), quatro bares, camarotes e um aconchegante lounge.


Serviço:

Machina Festival II
Quando: 30 de novembro – sexta-feira – a partir das 22h
Onde: Blue Space - Rua R: Brigadeiro Galvão, 723- Próximo ao Metrô Marechal Deodoro
Info: (11)3262-4881 - contato@machinafestival.com.br
www.machinafestival.com.br
Capacidade: 1500 pessoas
2 Pistas de Som, 2 Palcos, Ar-Condicionado, 2 Bares, Chapelaria, Preços Acessíveis, Segurança, Higiene, Conforto, Camarim, Ótima Localização

Ingressos:

R$ 60,00 - na porta (em caso de disponibilidade)
R$ 50,00 - 2º lote – de 1/11 a 29/11
R$ 40,00 - 1º lote – de 15/10 a 31/10
R$ 30,00 – cota limitada para estudante*


Pontos de venda:
(a partir de 15/10)

Soul Shadow
R. 24 de Maio 116, sobreloja 10
Tel.: 3338-1566, Centro, São Paulo


Escritório FiberOnline
Alameda Ribeirão Preto, 258
Tel.: 3262-4881. Bela Vista, São Paulo
* Ingressos para estudantes somente neste ponto de venda

Mais pontos de venda em breve

Vendas On-line

Fiber Shop
www.fibershop.com.br

Passos Noturnos
www.passosnoturnos.com


Promoção:
Compre ingresso na Fibeshop, no escritório da Fiber ou nos estandes em festas (a serem anunciadas) e ganhe um vale-desconto de R$ 10 para se usado na compra do DVD The Neon Judgement – Live at the Machina Festival