Friday, March 30, 2007
Tô chique! Estréio a festa Silver Tape em novo local na próxima sexta e com direito a convidado gringo.
Antipop é um dos membro da cult band eletrônica Télépopmusik, que fez muito sucesso com a música "Breathe". Ele chega na quinta em São Paulo, vai fazer um reconhecimento do terreno e na sexta toca comigo e como o Luis Depeche na nossa festinha que agora rola no Hotel Cambridge, dentro do projeto Hotel House.
Todo mundo lá, hein?
Antipop aka Télépopmusik DJ Set na Silver Tape
Sexta, 6 de abril, 23h
Hotel House no Hotel Cambridge
Avenida Nove de Julho, 216, Centro, São Paulo
Lista amiga: R$ 12 (reserva@hotelhouse.com.br)
Normal: R$ 15
www.hotelhouse.com.br
Wednesday, March 28, 2007
Cota de responsabilidade social. Tenho praticado muito isso e tem me ajudado a entender porque o Brasil é uma merda. Porque nossos políticos são uma merda. Porque o povo é uma merda. O raciocínio é bem simples, acompanhe.
Cena 1 - Enquanto espero pacientemente por um encontro na rua em frente ao meu escritório, observo uma caminhonete da CET em alta velocidade. Dentro dela, um trabalhador do órgão falando ao celular, com apenas uma mão no volante e vira repentinamente à esquerda sem dar sinal de seta algum. Não mais de dois minutos passam, uma nova caminhonete, agora uma bem nova,da frota recém adquirida pelo governo de São Paulo, igualmente em alta velocidade, vira na mesma esquina, sem sinal algum como o predecessor. Ah, deu pra perceber que esse último não usava cinto de segurança.
Cena 2 - Ruas dos Jardins, bairro nobre de São Paulo. Cruzamento entre Rua Batatais e Alamenda Campinas. Por mais que insista e persista, não consigo ver nenhum carro que respeite a faixa de pedestres. Se o semafóro está fechado, o motorista pára em cima da faixa. Pera lá, não fui justo. Os motociclistas vão além disso, avançam, desviam de pedestres e continuam a saga de entregar suas encomendas o mais rápido possível.
Cena 3 - Caminho de volta pra casa. Na minha frente, uma mulher de aparentemente 50 anos caminha tranqüilamente pela rua sorvendo alguma delícia que não consigo perceber do que se trata. Ao finalizar a guloseima, sem pestanejar, o invólucro vai pra sarjeta.
Cena 4 - Um hospital público de Belo Horizonte marca uma consulta para uma paciente que finalmente conseguiu ser atendida. A consulta é marcada prontamente. Para 2010.
O que quero dizer com isso? Que a roda gira mas sempre em torno de nós. Somos sim os responsáveis por tudo de ruim que vivenciamos porque a grande maioria não presta atenção ao que está ali, do seu lado. Infringe regras que acha que são bobas. "Pra que cumprí-las se tem neguinho que rouba e não vai preso?", dizem alguns.
Eu só vou me sentir no direito de cobrar quando cumprir minha cota de responsabilidade social. Como as cotas de carbono, sabe? Atravessou fora da faixa? Compense dando bom dia pra aquele segurança que você sempre faz carão. Jogou papel no chão? Isso não tem desculpa, porque poderia segurá-lo até encontrar o lugar certo pra jogar.
O principal disso tudo é conscientizar que se a gente quer mudar tudo que tem de ruim nesse país, temos que começar nos policiando.
Cena 1 - Enquanto espero pacientemente por um encontro na rua em frente ao meu escritório, observo uma caminhonete da CET em alta velocidade. Dentro dela, um trabalhador do órgão falando ao celular, com apenas uma mão no volante e vira repentinamente à esquerda sem dar sinal de seta algum. Não mais de dois minutos passam, uma nova caminhonete, agora uma bem nova,da frota recém adquirida pelo governo de São Paulo, igualmente em alta velocidade, vira na mesma esquina, sem sinal algum como o predecessor. Ah, deu pra perceber que esse último não usava cinto de segurança.
Cena 2 - Ruas dos Jardins, bairro nobre de São Paulo. Cruzamento entre Rua Batatais e Alamenda Campinas. Por mais que insista e persista, não consigo ver nenhum carro que respeite a faixa de pedestres. Se o semafóro está fechado, o motorista pára em cima da faixa. Pera lá, não fui justo. Os motociclistas vão além disso, avançam, desviam de pedestres e continuam a saga de entregar suas encomendas o mais rápido possível.
Cena 3 - Caminho de volta pra casa. Na minha frente, uma mulher de aparentemente 50 anos caminha tranqüilamente pela rua sorvendo alguma delícia que não consigo perceber do que se trata. Ao finalizar a guloseima, sem pestanejar, o invólucro vai pra sarjeta.
Cena 4 - Um hospital público de Belo Horizonte marca uma consulta para uma paciente que finalmente conseguiu ser atendida. A consulta é marcada prontamente. Para 2010.
O que quero dizer com isso? Que a roda gira mas sempre em torno de nós. Somos sim os responsáveis por tudo de ruim que vivenciamos porque a grande maioria não presta atenção ao que está ali, do seu lado. Infringe regras que acha que são bobas. "Pra que cumprí-las se tem neguinho que rouba e não vai preso?", dizem alguns.
Eu só vou me sentir no direito de cobrar quando cumprir minha cota de responsabilidade social. Como as cotas de carbono, sabe? Atravessou fora da faixa? Compense dando bom dia pra aquele segurança que você sempre faz carão. Jogou papel no chão? Isso não tem desculpa, porque poderia segurá-lo até encontrar o lugar certo pra jogar.
O principal disso tudo é conscientizar que se a gente quer mudar tudo que tem de ruim nesse país, temos que começar nos policiando.
Por mais que pareça, uma dúvida nem sempre é realmente algo questionável. A experiência faz a gente perceber que quando não temos certeza de algo, devemos apelar para a cautela. Conclusão: a aparente dúvida é apenas resultado de pouca reflexão sobre um assunto.
Ao chegar perto dos 40 anos, fico me questionando muito. Não quer dizer que tenho dúvidas, necessariamente. Fico pensando se devo ou não devo fazer certas coisas, se arriscar ainda vale a pena, se tudo o que a vida vem me mostrando durante anos e anos não é a resposta pra aquela suposta dúvida. Não querer enxergar às vezes é sinal claro que por trás de uma dúvida reside medo e, do lado dele, um sentimento que força a experimentar. Uma briga eterna que parece não ter fim.
Há pouco minutos ouvi uma frase de uma música de Lulu Santos cantarolada por alguém numa propaganda televisiva que nem identifiquei de quem era. "Vamos nos permitir", dizia a música. Será? Me pôs em dúvida.
Ao chegar perto dos 40 anos, fico me questionando muito. Não quer dizer que tenho dúvidas, necessariamente. Fico pensando se devo ou não devo fazer certas coisas, se arriscar ainda vale a pena, se tudo o que a vida vem me mostrando durante anos e anos não é a resposta pra aquela suposta dúvida. Não querer enxergar às vezes é sinal claro que por trás de uma dúvida reside medo e, do lado dele, um sentimento que força a experimentar. Uma briga eterna que parece não ter fim.
Há pouco minutos ouvi uma frase de uma música de Lulu Santos cantarolada por alguém numa propaganda televisiva que nem identifiquei de quem era. "Vamos nos permitir", dizia a música. Será? Me pôs em dúvida.
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