Sim, Interpol foi bacana
Chegar no Via Funchal e não conseguir nem entrar na rua, já era sinal que muita gente ia conferir o som deprê-melódico da banda americana. Não fiquei muito tempo lá fora e entrei. Sobrevivi ao Cachorro Grande e seu cruzamento de Made in Brazil com Oasis. Foi curto, ainda bem.
Quando entrou o Interpol, a sensação era de ver uma banda cult dos anos 80 nos anos 80! Como o show da Siouxsie ou do The Cure, mas quando faziam sentido pra sua geração. A devoção do público foi algo que eu não esperava. A maioria das músicas sendo acompanhada por um coral de vozes com sotaque característico.
Se eu fechasse os olhos poderia imaginar que a banda estivesse fazendo playback quão próximo das gravações de estúdio ecoava. Um "thanks" aqui, umas dancinhas do guitarrista ali, uma momentos-sim-eu-adoro-Ian-Curtis-mas-nego-até-morre do Paul Banks...
O show foi bom. E isso vindo de alguém com mais de 40, que já viu muita coisa e ainda consegue enfrentar uma orda de cigarros, pisões no pé e gente sem noção achando que era micareta, deve ser levado em conta.
Ah sim, rolou um "obrigado" em português mesmo proclamado pelo baterista antes de deixar o palco pela última vez. Tem dúvida que os gélidos e blasés gostaram da brincadeira? Nós também.
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