Se começar já é difícil, recomeçar um trabalho que ficou "congelado" por meses é pior. O problema é o conceito. OK, eu explico, já que ninguém é obrigado a entender o que passa desse lado da tela.
Música eletrônica move meu trabalho há décadas (sim, já estou quase completando a quarta). Sempre tive muito prazer em descobrir novos talentos, editar discos legais, indicar para os amigos quando a música é boa... Só que de uns tempos pra cá a oferta de produções próprias aumentou consideravelmente, fato causado pela facilidade de se fazer música no computador. Poucos loops, efeitinhos aqui e ali, uma boa batida e pronto. Tá parecendo pãozinho de padaria. Basta não errar a fórmula. Mas tem uma hora que a gente cansa de comer aquele pãozinho tradicional e começa a buscar outros sabores e chega a conclusão que tudo já foi feito. Até pão com shimeji eu já vi.
Outra opção é voltar para os refinados croissants ou brioches. São tradicionais, finos e não têm erro. Agradam. Com música eletrônica tá igual. O povo cansou de criar coisas novas e tasca um revival 80's como se a década do neón não tivesse acabado.
Retomando o assunto do primeiro parágrafo, minha missão é compilar CDs. Já mudei três vezes o "conceito" e mesmo assim nada me parece honesto. Será que estou me preocupando demais? Será que o público consegue diferenciar? Será que o bombardeamento de informações está matando o sendo crítico?
Dúvidas, dúvidas... O tempo passa e não posso ficar esperando mais. Vou confiar no meu expertise. Afinal, uma vez padeiro, sempre padeiro.
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