Tuesday, July 31, 2007

Reclamar não adianta. Tem que fazer.

Lendo um desabafo do Hansen, do Harry e Bad Cock, comecei a me questionar sobre a retórica da reclamação. Como brasileiro reclama. Se está sem dinheiro, pragueja. Se está empregado, almeja algo melhor. Se está casado, reclama do companheiro e almeja outras experiências. Será que é fruto de uma insatisfação coletiva ou instrumento de afirmação social?



Então, eu também cansei. Cansei de tanta reclamação! Não tiro o mérito da campanha, não! Apoio totalmente, mas cansei de pessoas que reclamam e não fazem nada, achando que algo salvador vai cair do céu ou do Governo.

Já falei aqui da cidadania. Começa por aí. Longe de ser manifesto de elite, já que moro num bairro supostamente elitizado e que a falta de respeito impera nas redondezas. É fácil uma corja que se diz de "esquerda" e que apóia sem isenção o Governo atual dizer que isso é coisa da "elite". Elite são eles! Tentam impor ao povo que o bom é ser "pobre e honesto", quando esse "pobre e honesto" invade terreno em áreas de Aeroporto, joga lixo nos rios, tenta levantar vantagem da tia que ganhou um extra no fim de semana. Qual a diferença entre essas classes? Nenhuma. Todas convergem para a falta de educação básica, do respeito ao cidadão da auto-análise.

Não me venha falar que não tiveram chance. Não estou falando somente da classe D e E, não! Falo de todos: dos meus vizinhos às vítimas de acidentes aéreos. Daquele cara que ganhou promoção porque pensou nele o tempo todo e esqueceu que o companheiro era arrimo de família. "Foda-se", não?

A minha definição para a síndrome da reclamação é simples: letargia e falta de cidadania.

Quando isso mudar, garanto que as coisas melhoram. Ah, melhoram....

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