Tuesday, August 19, 2008

FiberOnLive no Vegas


FiberOnLive, upload feito originalmente por eneasneto.

Não, o blog não morreu, só está hibernando enquanto outras ferramentas de sociabilização on-line ganham mais atenção da minha parte.

Bom, quarta próxima, 20/8, tem festinha. Taí o flyer.

Monday, June 09, 2008

Boas músicas nunca se vão



Lembro que ouvia essa música no Madame Satã e tentava descobrir quem era o tal New Order atmosférico que o Marquinho MS tocava toda semana.
Como encarar a morte

Uma pessoa acaba de deixar esse mundo. A morte dela me pôs a pensar o quanto somos descartáveis e que estamos neste mundo para experimentar sensações diversas durante um período não estabelecido.

Encontrei a Clausa no sábado. No domingo à tarde recebo a notícia que ela havia falecido. Assim. Numa questão de horas ela sumiu fisicamente da minha vida, das minhas noites de sábado, de seu convívio familiar, do seu corpo. A vela se apagou. Virou-se a página. O livro que estava sendo escrito, encerra um capítulo, eterniza um personagem e me faz refletir.

Não acredito em destino, bem como não acredito em cartas marcadas. Acredito que posso não estar aqui amanhã, mesmo desconhecendo as razões disso. Sei que meus pais me deixarão ou mesmo que eu os deixarei, mas essa falta de controle não me faz bem.

Razões para viver tenho aos montes, pensamento mórbidos ou suicidas passam longe. Viver é experimentar e isso me motiva muito a continuar. O que é estranho é saber que esse processo pode ser interrompido a qualquer momento.

Entendo a morte perfeitamente, apesar de não conseguir vencer a barreira de prestar homenagem em velórios e enterros. Sempre passo mal, sempre dou escândalo, transformo o ambiente triste em caos. Evito.

Não lido bem com o fato de não ter mais a pessoa ali, naquele lugar onde a conheci. Não lido bem com perdas. Não lido bem com mudanças.

Meu sentimento é um misto de tristeza profunda e racionalidade exacerbada. Lágrimas internas, entranhas que sangram, dor descomunal. Passa rápido, se instala profundamente.

Queria ser o que aparento, o cara durão que age com frieza e razão, afinal a morte está aqui, ali, a qualquer hora, a qualquer momento.

No momento, aqui, não é isso que sinto. Quero aprender a lidar. Parto pra não chorar. Mais.

Friday, June 06, 2008

A volta dos que não foram - Serviços Web parte 1

E não é que o hpG ainda existe? Acabei de abrir um backup de 1999 que continha trabalhos de alguns clientes que eu atendia na época. Não, não estavam em disquetes. Há um certo tempo poupei as próximas gerações de computadores do contato nada amigo com o velho pedaço de plástico de 3,5" recheado daquela nojenta mídia magnética.

Mas voltando ao caso, encontrei fragmentos de sites que eram hospedados no hpG, a versão brasileira do Geocities no século passado, com links e, também, minha cópia dos favoritos do browser que nem lembro qual era (possivelmente Netscape). O mais interessante é que o alguns desses links ainda estão ativos. Nem o que eu adicionei aos favoritos no ano passado ainda estão, mas links de uma década atrás ainda abrem.

Fiz uma analogia com a sujeira que a naves que viajam ao espaço deixam na atmosfera. Dizem que já dá pra contar várias histórias com o lixo que é encontrado. O mesmo pode ser feito com os arquivos hospedados no hpG. A gente colocava qualquer coisa lá. Era uma aventura montar um site, escolher o layout, compor o conteúdo e depois esquecer o que fez, já que a Internet ainda nem era tão presente no nosso dia-a-dia.

Fiquei surpreso ao descobrir que o hpG ainda está na ativa e, depois de tantas mudanças, ficou no iG mesmo. Se funciona direito eu já não sei, mas minha pergunta é: ainda vale a pena montar um site pessoal na era dos blogs e redes sociais?

www.hpg.com.br

Sunday, June 01, 2008

Eu não baixo séries

Parece coisa do século passado. Como alguém tão plugado como eu não baixa séries antes de sua exibição no canais da TV paga?

A resposta está longe de ser simples, apesar de parecer. Eu não sou e nunca fui fã de programas de TV. Menos ainda de séries. Desde a infância era assim. Tinha os desenhos que eu gostava mas sem a fixação pelo ineditismo. Fiquei sabendo recentemente que Manda-Chuva e Pica-Pau tinham periodicidade! Não sou da geração das "temporadas". Essa palavra nem era usada. Enfim, não sou viciado em TV mesmo.

Por outro lado, algumas séries me cativam ao ponto de desmarcar compromissos para assistí-las. Foi assim com Twin Peaks, Arquivo X e Millenium. Agora é com Lost e (fico pasmo de gostar) American Idol.

Mas como fugir da turma que baixa e quer contar? Eu não me importo de esperar pela exibição no Brasil. Minha ansiedade não é exacerbada. Quero ter o direito de assistir aos programas como foram agendados nos canais da minha TV. Uma vez por semana, em doses homeopáticas de prazer e expectativa.

E por que eu falei que não era tão simples assim? Eu não aplico isso ao que já passou pela TV. Ganhei um box de DVDs com a primeira (lá vem a palavra) temporada de A Sete Palmos depois que a série nem passava mais na HBO. Devorei os quatro primeiros anos em poucas semanas e partirei agora para o quinto e derradeiro.

Incoerência? Pode ser. Tem lógica pra mim. Os boxes de DVDs são cápsulas que podemos nos dar o direito a overdoses quando quisermos, sem o compromisso de faltar ao encontro semanal. Deixo pra eles a minha compulsividade e reservo ao que vai vir, no tempo e espaço da minha TV, a expectativa que tanto gosto de sentir.

Wednesday, April 23, 2008

A busca pela novidade...



...nos leva à antigas referências.
Tudo tão rápido

Só aqui parece que as coisas andam devagar. Adoro esta falta de compromisso com blogs, de não ter pressão pra postar, não fazer disso aqui uma revista on-line. Quero desapontar alguns e surpreender poucos.

Aderi ao microblog. É tão rápido quanto o tempo livre que se esgota antes de eu perceber. Frações de segundo de lazer numa vida cada vez mais on-line. Mas lá também pouca me importa quem lê, quem acha graça, quem me segue. Gosto de contar histórias fragmentadas e nada como uma ferramenta dinâmica pra isso.

Vejo quem estiver por aí no Twitter. Aqui deixo mazelas e divagações.

Wednesday, April 02, 2008

Quero dançar o break!

Num brainstorming para a identidade visual do mês de abril da Trash 80's, em que o foco é cinema, tivemos uma idéia esdrúxula de gravar um novo filme com um enredo que é uma paródia de "Sex & The City" com a cultura dos grafite. Nisso, as artes caminharam pra uma cultura de rua dos anos 80, toda a efervecência do proto-hip-hop, grafites aos montes e, claro, breakdance.



Para entrar no clima, pesquei alguns vídeos que resumem bem aquela época

Malcolm Mclaren - Buffalo Girls
Depois que o punk já não tinha mais função, o espertão percebeu que algo vinha das ruas de Nova York e se apoderou das idéias



Documentário bacana sobre breakdance direto dos anos 80


E os B-Boys viraram filmes! Estréia em março, Veja o trailer:

Sunday, March 30, 2008

Meg e Julia no Agora


Meg e Julia no Agora, upload feito originalmente por eneasneto.

Saiu hoje, domingo, no jornal Agora uma matéria sobre inteligência animal. Meus "filhos" estão lá e provam que inteligência é hereditária, não?

Tuesday, March 18, 2008

Depeche Mode como atração principal do Skol Beats 08. Será?

Estava procurando informações sobre o próximo Skol Beats. Tinham me falado que seria em maio e como faremos a festa de 6 anos da Trash 80's em grande estilo, não queria que as datas coincidissem, pois tem muita gente que vai na Trash mas adora música eletrônica (como eu, por exemplo).

Tentei o www.skolbeats.com.br que agora parece que está em manutenção. Achei uma página no MySpace e, pra minha surpresa, tinha um post dizendo que a data está confirmada para 27 de setembro. estranhos... Skol Beats no segundo semestre. Joguei no Twitter e o Fabilipo soltou que ouvi dizer que era pra ser alinhado com a tour do Depeche Mode e que eles seriam a atração principal.

Pesquisei no Google e tem inúmeras referências a isso. Então, onde há fumaça, há fogo, não? Vamos aguardar.

Thursday, March 13, 2008

Olivia revisitada

"(Let's Get) Physical" é um dos clássicos trash dos anos 80. Quando Olivia Newton-John lançou o single, a moda era a aeróbica e suas indefectíveis polainas. Os Revolting Cocks, liderados por Al Jourgensen do Ministry, já tinham feito uma interpretação muito pessoal em 1990. Agora é a vez da dupla belga The Glimmers. Compare a original com a nova versão




Hercules and Love Affair por aqui, mas só DJ set

Sei que vocês que acompanham o blog já não agüentam mais ouvir falar de Hercules and Love Affair. Não posso fazer nada, é um affair mesmo. Tenho doses sonoras diárias e agora já posso esperar o dia pra conferir ao vivo. Penas que será apenas um DJ set.

Vi no blog do Tom Leão que vai se apresentar no Club 69 no Rio, dia 18 de abril. E "twitando", o Lucio "Database" Morais soltou que vai rolar no Vegas aqui em SP também.
Sim, Interpol foi bacana

Chegar no Via Funchal e não conseguir nem entrar na rua, já era sinal que muita gente ia conferir o som deprê-melódico da banda americana. Não fiquei muito tempo lá fora e entrei. Sobrevivi ao Cachorro Grande e seu cruzamento de Made in Brazil com Oasis. Foi curto, ainda bem.

Quando entrou o Interpol, a sensação era de ver uma banda cult dos anos 80 nos anos 80! Como o show da Siouxsie ou do The Cure, mas quando faziam sentido pra sua geração. A devoção do público foi algo que eu não esperava. A maioria das músicas sendo acompanhada por um coral de vozes com sotaque característico.

Se eu fechasse os olhos poderia imaginar que a banda estivesse fazendo playback quão próximo das gravações de estúdio ecoava. Um "thanks" aqui, umas dancinhas do guitarrista ali, uma momentos-sim-eu-adoro-Ian-Curtis-mas-nego-até-morre do Paul Banks...

O show foi bom. E isso vindo de alguém com mais de 40, que já viu muita coisa e ainda consegue enfrentar uma orda de cigarros, pisões no pé e gente sem noção achando que era micareta, deve ser levado em conta.

Ah sim, rolou um "obrigado" em português mesmo proclamado pelo baterista antes de deixar o palco pela última vez. Tem dúvida que os gélidos e blasés gostaram da brincadeira? Nós também.

Monday, March 10, 2008

Amanhã tem Interpol. Mas cheguem tarde.

Já assisti a muitos shows. Se contar fora do Brasil é uma infinidade, principalmente nos períodos que morava temporariamente em alguma cidade. Era legal conferir a banda que você gostava ao vivo e se surpreender com uma desconhecida banda de abertura, normalmente associada de alguma maneira à sonoridade da banda principal. Foi assim que descobri Jesus & Mary Chain, Oomph, Ballam & The Angels, De/Vision entre outros.

Agora, quem foi o infeliz que escalou os malas do Cachorro Grande pra abrir o show do Interpol? Nesses momentos é que adoro ser alto e poder assistir do show na boa lá do fundão. Claro que vou chegar mais tarde e ficarei bebendo cerveja atá a banda que me interessa começar o show. O desrespeito não é da minha parte, é de quem armou essa presepada para os fãs.

Friday, March 07, 2008

Coisa esquisita da semana: Zombie Zombie

Eis que caiu na minha tela uma das coisas mais estranhas dos últimos tempos: o duo francês Zombie Zombie e seu álbum "A Land For Renegades". A primeira impressão me remeteu ao som do Suicide, pela sonoridade obscura, formação, referências... Ainda não sei se gostei ou não, mas já me chamou a atenção pra ir ao MySpace da dupla, assistir alguns vídeos, tentar compreender essa psicodelia do medo que tanto propaga.

Melhor que tentar explicar, posto aqui os links pra que tirem as próprias conclusões

No MySpace: http://www.myspace.com/therealzombiezombie

No Youtube

Thursday, March 06, 2008

Está na hora de balançar a franja. De novo.

Não sei já perceberam que as "guitar bands", como eram conhecidas aqui no Brasil no final da década de 80 e começo de 90, estão de volta. Rock com guitarra tem aos montes mas me refiro à turma das franja e dos "walls of sound" com guitarras distorcidas, ambiência extrema, vocais angelicais e etéreos, batidas dançantes... sim, o pessoal shoegazer. Pra quem não lembra, o lance era "viajar" nas músicas e balançar as enormes cabeleiras em formato de cuia (ou mesmo os franjões) olhando para o os próprios pés. Tinha muita gente bacana como os mais "pops" Charlatans, Stone Roses, Inspiral Carpets e os mais "oceanics" Slowdive, Lush, Ride, Chapterhouse Swervedriver e, claro, My Bloody Valentine.

Uma nova geração está surgindo, depois do estouro do Kasabian, claro, que pega mais os breakbeats de bateria do que as guitarras distorcidas. Nomes bacanas como Klimt (os polacos) e Pluramon nos remete aos melhores momentos de fofura etérea.

E a volta do My Bloody Valentine agora no começo de 2008, com muitos shows agendados nos principais festivais europeus, deve alavancar um novo boom de guitarras distorcidas atmosféricas.

Dois momentos:

Pluramon - www.myspace.com/pluramon



My Bloody Valentine - www.myspace.com/lovelessvalentine

Como montar um site?

Muitos não sabem mas tenho uma produtora web, a Fiber, que também está há um bom tempinho no mercado. Recentemente mudamos pra um endereço novo e reestruturamos a equipe assim como a Volkswagen fez. OK, nossa equipe talvez não use os mesmos recursos. Veja o vídeo que anuncia o novo site inglês da montadora.

Wednesday, March 05, 2008

NIN libera músicas novas via torrent

Sinais dos tempos mesmo. Muitos já perceberam que dá pra conviver pacificamente com múltiplos formatos de distribuição de músicas e ainda ganhar uma boa grana com os shows, devido a divulgação em larga escala que a Internet oferece.

Trent Reznor, que não é bobo, já tinha tentado uma aproximação com "Year Zero" e agora, com as sobras e extras, dá um passo a frente com "Ghost" um super-pacote de formatos pra agradar a todos. Até aqueles que já correm para os torrents da vida. tem 9 nove músicas que serão disponilizadas gratuitamente.

Veja mais em http://ghosts.nin.com/
Chicletes da semana

Duas músicas não saem da minha cabeça... eu tento me livrar e não consigo!

Hercules and Love Affair - Blind



Moby - Disco Lies



O que elas têm em comum? Um forte apelo disco. Sem essa de "vamos voltar aos tempos da dança com globo", mas o que ambos propõem em seus respectivos novos trabalhos, "Hercules and Love Affair" e "Last Night" é que a música eletrônica pode ser pop ser ser bagaceira. OK, vocês já devem ter ouvido versões electro-house-energia-fm de "Disco Lies" mas Moby acertou a mão mais uma vez no balanço exato entre o pop dançante e as referências clássicas. Já "Blind" é a minha candidata a música do ano (eu sei que mal começou, mas já temos que fazer nossa listinha). A participação de Antony Hegarty (voz e lider da cult Antony and the Johnsons) emprega um contrampondo delicioso entre melodias esquisitas e ritmo dançante. O baixo oitavado é fantátisco.

MySpace:
Hercules and Love Affair
Moby
Newton e a maça

FiberOnline ganha um blog (finalmente)

O FiberOnline fará 11 anos em 2008 mas ainda sofremos com um estrutura não tão bacana, principalmente pra encontrar conteúdo e produtores bacanas. Desde o comecinho do ano as coisas começaram a ver uma luz e o resultado é o Blog do FiberOnline.

Desenvolvido pelo pessoal da minha produtora (Fiber), o blog se destaca pelo ar de contemporaneidade que o resto do site ainda peca por não ter. As tecnologias atuais que facilitam a vida de qualquer web publisher estão lá. Para os usuários, então, ficou muito mais fácil pesquisar masi de uma década de notícias sobre a cena eletrônica, principalmente a brasileira. O Google é uma mão na roda, claro, mas não ter que sair do site pra achar o que você quer é muito mais prazeroso.

Além disso, integração de players (o do Fiber mudou), You Tube, Flickr e Last FM deixa o mundo do FiberOnline mais próximo a todos. Também está rolando o perfil no MySpace, que, numa primeira etapa buscar unir os produtores hospedados no Fiber pra troca de informações e aumento de visibilidade.

O primeiro passo taí.
Feliz Ano Novo (de novo)

Sim, março é o mês que anuncio novidades por aqui. Foram férias desse espaço virtual. Aliás, blog deve ser algo que te dê prazer em fazer, que não não fique naquela cobrança chata de ter que caçar assuntos. Como os últimos dois meses foram extremamente tumultuados, a dose equilibrada entre prazer/vontade/necessidade não foi alcançada.

Já fui muito mais freqüente em postagens, mas hoje em dia estou cada vez mais "antena" do que "transmissor", pelo menos na minha vida pessoal. Falo principalmente da área musical que não pára de me surpreender. Sem nem mesmo imaginar, meu HD vai lotando de bom boas músicas, bandas novas, descobertas arqueológicas, hits que elejo com "a música do ano", além de um alto teor de descartabilidade característico dos consumidores ávidos por novidades.

Vamos ligar a ventoinha e começar a falar um pouco mais do universo de Eneas, o Neto em 2008.